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As vacinas causam autismo? Causam epilepsia?

Atualizado: 3 de fev. de 2023

O tema sobre as vacinas voltou a se tornar recorrente devido à pandemia. Para uns ela é benéfica, para outros ainda causa uma certa desconfiança. E quando se trata de vacinas e autimo, surge novamente a desconfiança, a dúvida. Então vamos esclarecer de uma vez por todas.


"Dra, meu filho ficou autista após vacinar…" ou ainda: "Dra, meu filho começou com epilepsia após a vacina…".

Infelizmente, essas são frases comuns em um consultório neuropediátrico. Para acabar com este mito de uma vez por todas podemos afirmar que as vacinas não causam autismo ou epilepsia. Ocorre que muitas doenças e transtornos neurológicos começam antes de 2 anos de vida, fase que coincide com a maior quantidade de vacinas do calendário vacinal.


Um estudo muito pequeno (com apenas 12 crianças) disse que haveria uma ligação entre autismo e vacinas. Um estudo posterior e maior, envolvendo mais de 95 mil crianças mostrou que essa associação era falsa. As vacinas também não causam epilepsia em populações saudáveis... O que ocorre é que elas podem desencadear convulsões em pacientes que já desenvolveriam epilepsias de origem genética ou de origem estrutural -ou seja: a criança já desenvolveria a epilepsia de qualquer forma, com ou sem vacina.


Lembre-se:

  • Não há contraindicação à administração de vacinas de rotina em crianças com epilepsia controlada ou convulsões febris. Casos individuais devem ser discutidos com o médico neurologista.

  • Antitérmicos preventivos não são indicados na vacinação, exceto na síndrome de Dravet.


Para encerrar, volto a repetir, vacina não causa autismo. E por favor, mantenha a caderneta de vacinação de seu filho atualizada, desta forma você o manterá saudável e seguro.

Fontes:

© 2023 by Denise Mendonça Borges

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